Mangalitsa, o Porco Húngaro

Mangalitsa é um porco com origem antiga em terras húngaras, nos inícios dos anos 90. Esteve quase em extinção, mas nos últimos 15 anos, com a ajuda e cooperação de vários produtores, conseguiu salvar-se esta espécie.
É uma carne de grande valor nutritivo, com características específicas, nomeadamente, uma maior quantidade de gordura que um porco normal, em cerca 65% a 70%, pelo que também, é considerada uma das mais saborosas do mundo. A carne tem boa cor e compõe um «bom mármore» com a gordura branca.

O teor de gordura é muito mais elevado do que a do porco normal devido à sua dieta, que é sobretudo baseada em muito trigo, milho e cevada. Isto, ajuda no sabor e acresce que a gordura fica com bastante ómega 3 e antioxidantes naturais, dando resposta a cada vez mais pessoas preocupadas com a qualidade e naturalidade daquilo que nos alimenta.
Aqui na Hungria é cada vez mais usado nas boas cozinhas e já se começa a encontrar na boa gastronomia pela Europa fora. Em Portugal, também já existe produção.

Os Mangalitsa
Ao contrário do que possamos pensar, existem de facto várias espécies de porcos. Estes são originários da Áustria e da Hungria. São ricos em gordura. A sua produção entrou Ao contrário do que possamos pensar, existem de facto várias espécies de porcos. Estes são originários da Áustria e da Hungria. São ricos em gordura. A sua produção entrou em declínio após a Segunda Guerra Mundial, tornando-se ainda mais escassos durante a crise económica que abalou a Hungria a seguir à queda do bloco de Leste, devido ao aparecimento do óleo de girassol, que levou à queda do consumo de banha e à introdução de raças de crescimento mais rápido e com maior percentagem de carne. Nos anos 90 não havia mais do que duas centenas de unidades deste suíno e terá sido graças ao contributo de um produtor espanhol de presuntos de porco ibérico, Juan Vicente Olmos, que a raça se salvou.

O produtor de Segóvia percebeu que o mangalitsa tinha um potencial elevado para a produção de presuntos, o que o levou a comprar uma boa parte dos exemplares que restavam. Porém, Olmos manteve a criação e o abate na Hungria fazendo a transformação, posteriormente, em Espanha. Estes porcos possuem o aspecto e uma ovelha, sendo mesmo conhecidos por «porco ovelha». Estes exóticos animais têm um temperamento muito tranquilo, dado serem criados em contacto próximo com o ser humano. São animais sem qualquer tipo de modificação transgénica, ainda que de aspecto exótico e muito particular, com o seu abundante pêlo que faz lembrar uma ovelha, sem dela ter qualquer DNA. Esse abundante pêlo permite que se proteja do frio do inverno rigoroso dos países de origem. Em Portugal existem alguns exemplares, criados perto do Fundão.

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