Samuel Fialho

O meu nome é Samuel Fialho (também conhecido por Semisse) e gosto de fotografar nas horas livres. Nasci, cresci e vivo na Nazaré e, por isso, o meu sangue tem a maresia deste mar.
As imagens que procuro fazer ao longo desta costa pretendem trazer, a quem as vê, o aroma e os sons do oceano. Quando percorro estas praias e estas falésias aquilo que faço é escutar: ouvir o que o mar tem para dizer. Umas vezes calmo; outras vezes revolto. Seja como for, a música que ele canta é para ser escutada. Enquanto caminho por estas praias, muitas vezes ainda de madrugada, tento decifrar em vão a letra dessa música cantada. Eu acho que fala sobre muitas coisas. Conta histórias de tragédias, de alegrias, de amores, de desilusões. Conta certamente histórias sobre os meus antepassados que por lá ficaram e não regressaram jamais. Pelos caminhos mais inacessíveis da Serra da Estrela sigo convicto de que, por aqui, também caminharam os pastores com os seus rebanhos. Montanha acima em busca de erva fresca, na Primavera. Em fuga, para baixo, aos primeiros sinais de Inverno.
Mas é o momento em que a Terra se afasta mais do sol que pretendo fotografar com esta série de imagens. O solstício de inverno na Serra da Estrela é um momento especial. Durante estes dias é fácil acreditar que o Sol está morto e que o gelo, o frio e a escuridão que cobrem a montanha ficarão para sempre.

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