Andrea Fabrízia Dias

Palavra ao Associado AILD

Formada em Direito pela FDUC em Coimbra, exerceu advocacia nas comarcas de Caldas da Rainha e Nazaré. Passou pela linda cidade da Figueira da Foz onde trabalhou no primeiro serviço de Finanças, mesmo ao lado do casino.
Seguiram-se 10 anos em áreas comerciais, nos mais variados setores, que começou na UCI, multinacional parabancária orientada para o mercado imobiliário, que lhe abriu a porta à experiência seguinte, de Direcção comercial na Era da baixa de Coimbra, onde, para além de vendas e negociação, aprofundou as competências de recrutamento e “management”.

O que faz profissionalmente?

O facto de ter diversificado a minha atividade para além do Direito alargou o meu campo de possibilidades, no que diz respeito às experiências de trabalho em França, trabalhando sempre em áreas comerciais, de entre as quais as mais marcantes foram a Companhia de Seguros Fidelidade França e a criação da LINEAR Pub, empresa que criei com o Diretor do Lusojornal, o maior jornal lusófono português em França. A Linear Pub foi a atividade que mais sofreu o impacto da pandemia.
Atualmente estou a trabalhar num gabinete francês especializado em gestão de condomínios, atividade multifacetada com uma forte componente jurídica, comercial e de gestão de conflitos, área na qual tive formação específica com o melhor de todos, o Professor Doutor Juan Carlos Vezzulla.

Porquê ir viver para Paris??

Porque a crise do “subprime” deixou o mercado português esgotado de soluções e, como sempre me senti europeia, encontrei em Paris o apoio necessário e a inspiração de que precisava para avançar.

Como foi essa adaptação?

Foi muito boa. Só faltou o “rock-and-roll” que por todo o lado se ouve em Coimbra e que tanta falta me faz aqui, mas adaptei-me muito bem. Tive a sorte de ter uma família atenta e amigos sólidos.

Desafios e projetos para 2021?

Estou sempre aberta a novos desafios, quero fazer sempre mais e melhor! A curto prazo, solidificar esta nova experiência profissional e contribuir para o crescimento da rede AILD.

O que mais gosta em Portugal?

Do sorriso acolhedor das pessoas, de passear na Alta de Coimbra e de por lá ouvir boa música. De almoçar no Sítio da Nazaré, de ir ao Sardinha a Peniche. De passear pela parte velha do Porto, ou no Chiado em Lisboa. De comer robalo escalado grelhado, enquanto sinto o cheiro a maresia…
Do abraço reconfortante dos pais e do irmão. Dos bigodes das minhas gatas. E dos Amigos, ah dos amigos, que já não vejo há tanto tempo porque a pandemia nos obrigou a reforçar cuidados para proteger os nossos.

O que menos gosta?

Das desigualdades, do nepotismo, do facto de ainda existirem saudosismos pirosos de quem não sabe história ou não tem memória.

Porque se tornou associada da AILD?

Através do Lusojornal, conheci a Descendências, que depois me apresentou a AILD. A Descendências surpreendeu-me pela sua sobriedade, rigor e estética. Identifiquei-me com a escolha dos conteúdos e sobretudo com o facto de transmitir uma imagem credível da comunidade lusófona. Daí à AILD foi um passo… Os seus valores universais, laicos, apartidários, o sentido de serviço, difundindo o que de melhor se faz no seio da nossa comunidade, e a possibilidade de dar voz aos luso-descendentes, colocando ao seu dispor uma rede de contactos que os poderá levar ainda mais além… A AILD projeta a imagem moderna e futurista da marca lusa com que me identifico.

Quais os projetos que pretende desesenvolver na AILD?

Enquanto Diretora das Relações Internacionais cabe-me desenvolver a rede dos associados e contribuir para a abertura de delegações AILD por todo o mundo. Evidentemente que, o facto de viver em Paris e de estar próxima da Delegação da AILD França me levará a participar nas atividades desenvolvidas por esta delegação.

Inevitável no momento que estamos a atravessar perguntar-lhe como está a “sobreviver” a esta pandemia? Que impacto está a ter na sua vida?

Profissionalmente senti o impacto da pandemia que inviabilizou a atividade da Linear Pub o que me levou a, mais uma vez, adaptar o meu percurso profissional e a procurar outras soluções…
A nível pessoal, sinto-me privilegiada, já que os meus estão todos bem. O primeiro confinamento trouxe-me mesmo um sentimento poético e melancólico de estarmos a viver uma crise a nível planetário. Houve muito de assustador, mas também de poético e agregador da população mundial.
A nível global, estamos gradualmente a recuperar a normalidade e isso é motivo de esperança para todos.

Uma mensagem para as Comunidades Portuguesas.

Como mensagem para as Comunidades Portuguesas, poderei dizer que devemos orgulhar-nos de nós, do nosso país e procurar, em cada momento, divulgar e difundir o que de melhor se faz em Portugal e pelos portugueses, por esse mundo fora.

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